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A Comunicação como Frente de Luta: Disputar Sentidos na Era Digital


Vivemos tempos em que comunicar é resistir. E, mais do que nunca, a esquerda brasileira precisa compreender que a comunicação não é apenas uma ferramenta — é um campo estratégico de disputa política e de construção de consciência.

No contexto do governo Lula, os desafios são muitos. Por um lado, temos um governo comprometido com a reconstrução do país, com políticas públicas voltadas ao povo e com o resgate da dignidade nacional. Por outro, enfrentamos um ambiente digital profundamente hostil, dominado por algoritmos que priorizam o ódio, a desinformação e o consumo rápido de conteúdos rasos.


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A lógica mercantil da comunicação digital transformou nossas relações. A verdade foi colocada em segundo plano diante da viralização. O engajamento virou moeda, e a atenção das pessoas passou a ser disputada como mercadoria. Nesse cenário, os conteúdos da esquerda — por mais comprometidos com a justiça social e os direitos humanos que sejam — enfrentam barreiras invisíveis que silenciam, distorcem e isolam nossas narrativas.


É por isso que, no Comitê Popular Esperançar, afirmamos: comunicar é uma tarefa política e formativa. Não basta produzir conteúdo — precisamos entender como os sistemas funcionam, como os algoritmos moldam comportamentos e como disputar os sentidos em cada curtida, comentário, mensagem e silêncio.


Nosso papel vai além de sermos consumidores de tecnologia. Somos criadores. Criadores de conteúdos, de redes, de processos pedagógicos e também de tecnologias sociais e comunicacionais. Precisamos nos formar e formar outras pessoas para atuar nesse território. Assim como ocupamos as ruas e construímos lutas nos territórios físicos, é hora de ocuparmos também os territórios digitais — com verdade, sensibilidade e inteligência coletiva.


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Estamos construindo uma comunicação popular que seja afetiva, estratégica e pedagógica. Uma comunicação que reconheça o povo como sujeito e que enfrente o discurso de ódio com a força da organização, da escuta e da criatividade. E, acima de tudo, uma comunicação que compreenda que a esperança não é um sentimento, é uma posição política.

Seguiremos estudando, criando, testando e errando. Mas, sobretudo, seguiremos aprendendo a comunicar com coragem. Porque só assim poderemos esperançar o Brasil.

 
 
 

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