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COPOM CORTA TAXA BÁSICA DE JUROS EM 0,5 PONTO PERCENTUAL; SELIC CAI DE 13,75% PARA 13,25%


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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (2) reduzir a taxa Selic de 13,75% para 13,25% ao ano. O placar no Copom foi de cinco votos para derrubar a taxa para 13,25% e quatro votos a favor de 13,50%. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Fiscal, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula para o posto, concordaram em cortar a taxa em 0,5 ponto percentual (veja mais abaixo como votaram todos os diretores). Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante café da manhã com a imprensa estrangeira no Palácio do Planalto, esperar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduza, na reunião de hoje, a taxa básica de juros da economia que está em 13,75% ao ano e que tal decisão já deveria ter sido tomada. "Esperamos que hoje o Copom tome a decisão que já deveria ter tomado há três reuniões de reduzir a taxa de juros, porque não tem explicação. Vamos ver o que vai acontecer", apontou. O petista voltou a dizer que o Brasil “tem hoje a maior taxa de juros real do mundo sem nenhuma explicação" e reiterou críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que novos países possam integrar o grupo dos BRICS – formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A reunião do bloco será no final deste mês, de 22 a 24 de agosto, e contará com a presença do presidente brasileiro. “Eu acho extremamente importante a gente permitir outros países que cumprem as exigências entrarem para os BRICS”, disse em café da manhã com jornalistas internacionais no Palácio do Planalto. Segundo o presidente, muitos países foram convidados e o encontro de agosto já poderá decidir sobre novos integrantes.

Em julho, a África do Sul anunciou que 22 países haviam enviado pedido formal de adesão. Entre os candidatos está a Venezuela, o Egito, o Irã, a Arábia Saudita e outros. Durante o café, Lula disse que quer também iniciar uma campanha contra a fome. Ele chamou de injusta a distribuição de riquezas no mundo e destacou que essa não deve ser uma batalha apenas de um país. “Há uma desigualdade visível na cara de todos nós. Como a gente combate isso? Essa é a tarefa que quero assumir e vai ser parte do meu discurso na ONU, nos BRICS, no G-20. Vou levantar essa tese porque não é normal a gente tratar a desigualdade como normal”, disse.

PRIMEIRO CORTE EM 3 ANOS Esse foi o primeiro corte da taxa básica de juros em três anos. A última queda havia acontecido em agosto de 2020, em meio à fase mais aguda da pandemia de Covid-19, quando a taxa Selic caiu de 2,5% para 2% ao ano. No comunicado divulgado após a reunião, o comitê argumentou que a melhora do cenário para a inflação possibilitou a redução da Selic.

"O Comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária".

Segundo o comunicado, o Copom chegou a avaliar a possibilidade de reduzir a Selic em um patamar menor, de 0,25 ponto percentual, mas que considerou "apropriado" reduzir em 0,50 ponto percentual em função da melhora do quadro inflacionário. Em maio, a inflação oficial desacelerou para 0,23% de alta. E, em junho, foi registrada deflação, ou seja, queda de preços, de 0,08%. De acordo com o comitê, a decisão também pode ocasionar "suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego". No comunicado, o Copom disse ainda que, nas próximas reuniões, pode continuar fazendo na Selic "redução da mesma magnitude" desta quarta-feira. Ou seja, cortes de 0,5 ponto percentual.

"Em se confirmando o cenário esperado [de desinflação e ancoragem das expectativas em torno da meta de inflação], os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário". A decisão do Copom se deu em meio às críticas persistentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de membros do governo federal ao atual patamar da Selic. A avaliação é que o índice tem inibido o crescimento da economia. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, argumenta que a manutenção da taxa foi importante para conter a inflação. Campos Neto, no entanto, tem autonomia — ou seja, não pode ser demitido por Lula. Segundo nota divulgada pelo Copom, cinco diretores votaram a favor do corte de 0,5 ponto percentual. Quatro se manifestaram por uma redução de 0,25.

Votaram pela redução de 0,5 ponto percentual:

  • presidente Roberto Campos Neto (indicado por Jair Bolsonaro)

  • Ailton de Aquino Santos (indicado por Lula)

  • Carolina de Assis Barros (indicada por Temer)

  • Gabriel Galípolo (indicado por Lula)

  • Otávio Ribeiro Damaso (indicado por Dilma Rousseff) Votaram por cortar a Selic para 13,50%:

  • Diogo Abry Guillen (indicado por Jair Bolsonaro)

  • Fernanda Magalhães Rumenos Guardado (indicada por Jair Bolsonaro)

  • Maurício Costa de Moura (indicado por Michel Temer)

  • Renato Dias de Brito Gomes (indicado por Jair Bolsonaro)

Reuniões do Copom O Copom é formado pelo presidente do BC e por oito diretores da instituição. Esta reunião foi a primeira com a nova formatação do comitê, após o Senado aprovar as indicações de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino para a diretoria do Banco Central. Os dois haviam sido indicados por Lula. Taxa básica de juros Taxa básica de juros da economia, a Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. O índice influencia todas as taxas de juros do país, como os juros de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com a meta de inflação, o BC pode reduzir a Selic. Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%. Será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. A meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central Com informações de a Hora do Povo, G1, e Estado de Minas. CONFIRA O VÍDEO QUE ESTÁ CIRCULANDO NAS REDES SOCIAIS


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