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Morreu Pepe Mujica (1935 – 2025): um farol de esperança latino‑americana


Montevidéu está mais silenciosa neste 13 de maio de 2025. José “Pepe” Mujica, ex‑presidente do Uruguai e referência global de simplicidade e compromisso social, faleceu hoje aos 89 anos, informação confirmada pelo presidente uruguaio Yamandú Orsi.


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Da guerrilha à reconstrução democrática

Filho de pequenos agricultores, Mujica ingressou ainda jovem no Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros, protagonizando a resistência à ditadura uruguaia dos anos 1960‑70. Capturado em 1972, passou quase 13 anos preso em condições extremas de isolamento, experiência que ele próprio descreveu como “universidade da vida”, onde aprendeu a valorizar cada pequena liberdade.


Caminho político e a inédita presidência popular

Com a redemocratização, foi eleito deputado, senador e ministro, até alcançar a presidência (2010‑2015). Seu governo aprovou reformas progressistas históricas: legalização da maconha regulada pelo Estado, casamento igualitário, ampliação de programas sociais e incentivo à agricultura familiar, garantindo ao Uruguai avanços em renda, educação e direitos civis.


O presidente que doava o salário e andava de Fusca azul

Mujica recusou o palácio presidencial para continuar morando em sua chácara em Rincón del Cerro e doou cerca de 90 % do salário a projetos de habitação popular. Tornou‑se símbolo de ética pública ao lembrar que “a austeridade não é virtude, é obrigação de quem lida com o dinheiro do povo”.


Legado continental de solidariedade e dignidade

Mais do que leis, Pepe deixou uma pedagogia política baseada em empatia. Defendeu a integração latino‑americana, falou contra o consumismo desenfreado em fóruns globais e inspirou movimentos pela justiça social no continente inteiro. Seu célebre aviso – “Quando lutamos pela felicidade dos outros, encontramos a nossa” – ressoa com a essência do Comitê Popular Esperançar: transformar esperança em ação concreta.


O que aprendemos com Pepe

  1. Coerência entre discurso e prática – vida simples como fundamento ético.

  2. Política como serviço – cargo público para servir, não para enriquecer.

  3. Humanismo radical – colocar as pessoas no centro, acima de indicadores frios.

  4. Coragem de inovar – reformas ousadas podem ser viáveis com diálogo popular.


Nosso compromisso

Companheiras e Companheiros do Esperançar, honraremos Mujica multiplicando solidariedade, vigilância democrática e alegria militante. Afinal, “a esperança é uma ação política”.

“Ser livre é gastar a maior parte da vida naquilo que amamos.” — Pepe Mujica

Que sua trajetória continue acendendo luzes no caminho de todas e todos que lutam por um futuro mais justo.

 
 
 

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